domingo, 27 de setembro de 2015

Não dá para contar com 10% do PIB para a educação, diz ministro

Janine destacou, porém, que os recursos econômicos limitados do atual período de crise não podem afetar as metas do PNE. Não dá para contar com 10% do PIB para a educação, diz ministro. O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou nesta terça-feira que não dá para contar com o investimento anual de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação, previsto no Plano Nacional de Educação (PNE). — Quando se fala a chegar em 10% do PIB, não é fácil, sobretudo no ambiente econômico atual — disse Janine. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país em um determinado período. Aumenta para 2,55% previsão de retração do PIB em 2015 PIB do Rio Grande do Sul cai 0,6% no segundo trimestre Janine destacou, porém, que os recursos econômicos limitados do atual período de crise não podem afetar as metas do PNE, lançado pelo governo há um ano. O ministro participou, nesta terça-feira, do Fórum Educação, evento promovido pela revista Exame, na capital paulista. O PNE estabelece metas até 2024, que vão da educação infantil à pós-graduação, passando pela valorização dos professores. Segundo Janine, os gastos mais elevados do plano incluem obras físicas, como escolas, reestruturação de professores e investimento em tecnologias como tablets. — Mas não adianta simplesmente despender dinheiro, se não sabemos como vamos gastar — disse o ministro. Especialista defende games na educação: "Feijão com arroz não vai solucionar problemas" Aplicativos de correção de redação são opções para candidatos ao Enem Ele criticou a abordagem de alguns estados e municípios na construção do PNE, quanto à discussão da ideologia de gênero. Janine reafirmou que o Ministério da Educação (MEC) é contra qualquer discriminação sexual, inclusive durante a adolescência, quando os jovens estão ainda descobrindo o corpo. Se não houver clareza em sala de aula sobre o assunto, os estudantes ficam vulneráveis a problemas como gravidez precoce, bullyng (situação caracterizada por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva) e violência sexual. — As câmaras e assembleias poderiam ter aprofundado outras questões — afirmou o ministro. Durante a tramitação do PNE no Congresso Nacional, a questão de gênero causou polêmica e foi retirada do texto. O trecho suprimido dizia que as escolas deveriam promover a igualdade de gênero, raça e orientação sexual. A expectativa era que os planos estaduais e municipais avançassem no tema. Estudante pergunta tema da redação do Enem ao ministro da Educação "A educação precisa passar por adequações e modernizações", diz Rafael Parente Além disso, Janine defendeu a inclusão de crianças menores de 3 anos no período obrigatório da educação, que vai dos 4 aos 17 anos. — Precisamos universalizar a creche, é uma meta que tem que estar no nosso horizonte — disse o ministro. A meta do PNE, atualmente, é que metade das crianças com até 3 anos estejam na escola. Pelo menos 1,4 mil alunos que farão o Enem estão com as aulas prejudicadas em função da greve 900 mil estudantes participam da segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas Base nacional comum A proposta da base nacional comum será lançada na quarta-feira, informou o ministro. — O experimento deu certo em vários países, principalmente na Austrália. Janine explicou que o objetivo da proposta é cobrir 60% do currículo, mas que disciplinas como matemática devem atingir percentual superior, enquanto matérias mais ligadas à regionalidade como história, geografia, biologia e língua portuguesa terão cobertura menor da base nacional. Paulo Germano: por mais palavrões em aula Leia as últimas notícias — No ensino médio, a base comum tem que dialogar com o Enem — disse o ministro. *Agência Brasil

2 comentários:

  1. Há muitos anos já se fala em disponibilizar dez por cento do PIB para a educação. Estranho agora que o Brasil entrou numa recente crise, o Ministro da educação, Renato Janine, alegar que não podemos deixar de lado as metas do "PNE". Outra meta também que raramente é cumprida, é evidente independente das metas do PNE, dos dez por cento que se fala em dispor do PIB para a educação, da questão do gênero ou sexualidade ser abolida ou não nas escolas, das crianças entrarem com três anos ou quatro nas creches. Enfim, entra ministro sai ministro, entra crise sai vrise, entra PNE'S sai PNE'S. Mas não percebemos avanços reais na nossa tão desgastada educação.


    http://www.ebc.com.br/educacao/2015/09/nao-da-para-contar-com-10-do-pib-para-educacao-diz-ministro

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  2. Cleber,

    Você tem razão. Essa meta dos 10% do PIB para Educação não é uma agenda recente do nosso país. Já estava presente nas discussões do PNE 2001-2010.
    Teremos algumas aulas para estudar sobre o PNE. Com certeza seus conhecimentos sobre o assunto nos ajudarão bastante, por isso, traga as discussões para as nossas aulas, ok?

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